No dia 9 de setembro, a Fundação dos Bancos Sociais da FIERGS recebeu, em uma manhã marcada pelo diálogo intercultural e pela troca de experiências, a visita de Matome Mafikeng, representante da África do Sul, acompanhado de integrantes do Rotary Club de Gravataí. O encontro evidenciou a força transformadora de iniciativas voltadas à responsabilidade social e às práticas de ESG, cuja relevância transcende fronteiras e desperta interesse além do continente americano.

Mafikeng esteve em Porto Alegre por meio de um programa de intercâmbio rotário. Secretário de seu clube em Botsuana, vinculado ao Distrito 9400 — que abrange África do Sul, Botsuana, Essuatíni e Moçambique —, ele conheceu de perto o funcionamento dos Bancos Sociais, projeto pioneiro no Brasil que tem inspirado novos modelos de solidariedade.
Professor por muitos anos e atualmente dedicado ao estudo da teologia, além de atuar na mediação de conflitos sociais em seu país, Mafikeng demonstrou profundo encantamento ao perceber como a metodologia aplicada pelos Bancos Sociais tem impacto direto na redução das desigualdades e na criação de oportunidades. “Aprendi que os Bancos Sociais estão ajudando muitas pessoas. O mundo precisa desse tipo de serviço e de iniciativas como essa”, declarou, vislumbrando a possibilidade de levar esse exemplo para comunidades da África, que enfrentam desafios semelhantes no campo da inclusão social.

A visita foi acompanhada por lideranças do Rotary Club de Gravataí, Distrito 4670, que já desenvolvem trabalhos em parceria com os Bancos Sociais. Estiveram presentes Renato Rosa de Oliveira, vice-presidente do Banco de Alimentos de Gravataí e tesoureiro do Rotary; Nordia Fonseca, integrante do Rotary de Gravataí e da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Gravataí; Célio Castelli, presidente do Banco de Alimentos de Gravataí; e Isete Medinger Castelli, responsável pelos Serviços Humanitários do Rotary de Gravataí.

Nos Bancos Sociais, a comitiva foi recepcionada pelo diretor-superintendente Paulo Renê Bernhard e pela equipe das diversas áreas da instituição, que compartilharam resultados, experiências e histórias de transformação.

O encontro reafirmou o papel dos Bancos Sociais como modelo replicável e inspirador, capaz de dialogar com realidades distintas e, sobretudo, de mostrar que a solidariedade, quando organizada e bem conduzida, não conhece fronteiras.