Rede de Bancos de Alimentos RS

O Banco de Alimentos é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, que atua como um gerenciador de desperdícios administrando três operações: coleta de doações, armazenamento, e distribuição qualificada de alimentos para entidades beneficentes. A Rede de Bancos de Alimentos do Rio Grande do Sul possui 22 Bancos de Alimentos associados no Estado, os quais doam mais de 500 toneladas de alimentos para 900 instituições, todos os meses.

O primeiro Banco de Alimentos do Brasil foi criado em Porto Alegre, no ano 2000. Em quinze anos, o Banco de Alimentos de Porto Alegre já arrecadou e distribuiu mais de 30 milhões de quilos de alimentos para entidades carentes. Todos os meses, o Banco de Alimentos de Porto Alegre beneficia mais de 300 entidades, doando 250 toneladas de alimentos, o que significa alimentar 30.000 pessoas, todos os meses. Buscando ampliar as atividades do Banco criado em Porto Alegre, e visando levar seus benefícios a outras localidades, e ainda estabelecer um alinhamento da metodologia, foi criada em 2007, a Rede de Bancos de Alimentos do Rio Grande do Sul.

A Rede de Bancos de Alimentos possui Bancos de Alimentos associados nas seguintes localidades: Alvorada, Cachoeirinha, Camaquã, Canoas, Caxias do Sul, Cruz Alta, Curitiba, Encruzilhada do Sul, Gravataí, Guaíba, Litoral Norte, Pelotas, Porto Alegre, Região do Calçado (Novo Hamburgo, Estância Velha, Sapiranga e Campo Bom), Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Santana do Livramento, Uruguaiana, Vale do Sinos (Portão, Sapucaia, São Leopoldo e Esteio),  Venâncio Aires e Viamão.

 

Saiba mais sobre os Bancos de Alimentos

Operacionalidade e sistemática de trabalho

A sistemática de trabalho do Banco de Alimentos é muito simples. Os alimentos doados são coletados nos locais e dias indicados pelos doadores. Em seguida, as doações são armazenadas na central de arrecadações, um depósito próprio do Banco de Alimentos. Neste local, as nutricionistas analisam e determinam quais os tipos de alimentos necessários para as instituições, conforme as quantidades e valores nutricionais ideais para suprir suas necessidades. Posteriormente ocorre a distribuição qualificada dos alimentos, entregues gratuitamente para as instituições previamente cadastradas no Banco de Gestão e Sustentabilidade. As entidades beneficentes (entidades assistenciais como creches, escolas, asilos, lares de excepcionais, associações de bairros, entre outras) também recebem treinamento sobre segurança alimentar, higiene, e aproveitamento adequado dos alimentos.

Além dos Bancos, a Rede possui 101 Núcleos Bancos de Alimentos, entidades que realizam o recolhimento, higienização e distribuição de frutas e hortaliças descartadas (mas em perfeitas condições de consumo humano) das gôndolas de supermercados.

 

Projetos de Nutrição e Hortifrutigranjeiros

O Banco de Alimentos desenvolve projetos de Nutrição em parceria com as principais Universidades Gaúchas, levando mais Segurança Alimentar e Nutricional para as pessoas atendidas nas entidades beneficentes.

Um dos projetos de maior visibilidade é o “Nutrindo o Amanhã”. Periodicamente a equipe de nutrição do Banco realiza avaliações nutricionais para determinar o perfil antropométrico das crianças matriculadas nas instituições atendidas. De igual importância se destaca o Projeto “Cozinha Nota Dez” que busca implementar uma cultura de boas práticas e higiene na manipulação de alimentos nas instituições beneficiárias do Banco de Alimentos.  O projeto “Oficina do Sabor” tem como objetivo incentivar as pessoas a realizarem escolhas alimentares adequadas, tendo a culinária como seu eixo estruturante. As oficinas de culinária são realizadas na cozinha experimental do Banco de Alimentos e são divididas em parte prática e teórica. O Passos da Longevidade tem como objetivo promover e manter a qualidade de vida e saúde da população idosa.

Outra iniciativa de grande amplitude social é o projeto de combate ao desperdício de alimentos, com destaque para o Programa “Hortifrutigranjeiros”, em parceria com supermercados do Estado do Rio Grande do Sul para recolhimento, higienização e distribuição de frutas e hortaliças “descartadas” das gôndolas das lojas, mas em perfeitas condições de consumo humano.

 

Fontes de captação de recursos e campanhas

Já no que se refere às fontes de captação de alimentos, o Banco de Alimentos conta com a participação da sociedade como um todo, a partir de uma sinergia estabelecida com empresas, sindicatos, bancos comerciais, universidades, clubes de serviços, associações comerciais, industriais e de serviços, federações, entidades religiosas, poder público, entidades representativas de classe, entre outras, que lhe proporcionam doações para serem destinadas às instituições previamente cadastradas.  

Ainda com o objetivo de captar alimentos, a Rede de Bancos de Alimentos desenvolve campanhas de arrecadação, tais como o tradicional “Sábado Solidário” que é realizado em parceria com as principais redes de supermercado do Rio Grande do Sul, sempre no primeiro sábado de cada mês, contando com um verdadeiro exército de voluntários que captam alimentos e estimulam a solidariedade. Já a campanha virtual do “Clique Alimentos”, que é uma verdadeira inovação tecnológica na área de responsabilidade social, já captou para os Bancos de Alimentos associados 4.800.000 quilos de gêneros alimentícios. Disponibilizando aos internautas uma sistemática extremamente simples de clicar para doar sem qualquer custo, o Banco conseguiu facilitar a participação de doadores do mundo inteiro. O site www.cliquealimentos.com.br, desde o seu lançamento em 2008, já foi acessado por internautas de 140 países e mais de 2mil cidades do mundo. As Campanhas “Super Natal Banco de Alimentos”, “Inverno Sem Fome” e “Campanha do Quilo” são outras importantes campanhas de sucesso da Rede de Bancos de Alimentos.